Olá!
Hoje desejo partilhar duas experiências vivenciadas por mim neste fim de semana pascal. A primeira foi a missa de Vigília Pascal na qual me fiz presente no sábado à noite, eu adoro esta celebração porque ela reúne na missa mais solene do ano um resumo de toda a fé católica, e também da sagrada liturgia e tradição da Igreja Romana. Além disso, ao passar pelas mais de 7 leituras e salmos que foram lidas e cantados nesta missa eu pude analisar que, todos nós, todos os seres humanos que somos religiosos estamos à busca da mesma coisa: Deus. E de modo particular, cristãos, judeus e muçulmanos.
Pude ver, que Deus se revelou e continua a se revelar a todos os homens em todos os momentos da história, todos os dias. Pude ver que o que cria a divisão das pessoas em religiões são as interpretações, muitas vezes, feitas por homens, que colocam em determinadas doutrinas as suas perspectivas, os seus desejos, os seus pensamentos, e não os de Deus. Pois, se cada pessoa que se diz religiosa, buscasse apenas aquilo que une todos os seres humanos, veríamos que não precisamos guerrear por causa de fronteiras ou ideologias, mas sim nos amar como filhos de um mesmo Deus.
Por esta razão, pude ver que o fato de alguém ser cristão, judeu, budista, hinduísta ou o que for, não deve ser um motivo de divisão, mas de união! Deveríamos dizer: “Que lindo! Que belo! Ele está buscando Deus! Do seu modo, de acordo com sua cultura, que posso até discordar, mas ele está buscando Deus! Que é a razão de ser e fim último do homem!”
Em contrapartida, fiquei imensamente triste com uma matéria apresentada no Domingo Espetacular, da Rede Record, neste domingo, dia 4 de abril, onde eram mostrados casos de pedofilia que ocorreram dentro de paróquias e instituições católicas.
Eu (e creio que todos vocês também!) sempre fico muito triste quando me deparo com essas situações, e quando vejo que ainda hoje, padres e aquelas pessoas que deveriam nos apontar um caminho para o céu, nos mostrar a direção para chegarmos a Deus, prestam-se a cometer crimes contra crianças, crimes que perdurarão em suas mentes infantis por toda a vida. É extremamente rejeitável a atitude destes religiosos que, seja por problemas psicológicos, seja por déficit de caráter, abusam sexualmente de jovens e crianças, e deixam nelas, marcas, que muitas vezes, nem mesmo o próprio tempo poderá curar.
Em contrapartida, qualquer pessoa, mais ou menos esclarecida, que teve acesso à dita matéria, pode ver como a mesma foi elaborada de maneira tendenciosa, tentando a cada momento convencer o telespectador de que os erros e crimes ali apresentados, não eram delito apenas daqueles que os cometeram, mas de todo a Igreja Católica, tentando convencer o espectador de que a Igreja que hoje está sob a responsabilidade de Bento XVI é uma instituição perigosa, que cada vez mais, busca destruir as famílias e a sociedade contemporânea.
Nada mais posso manifestar, a não ser minha tristeza, pois, é necessário lembrar que, o dono da Rede Record de Televisão, o Sr. Edir Macedo, não conhecidentemente é o fundador de uma das maiores denominações protestantes do Brasil, a Igreja Universal do Reino de Deus. Com isso, volto ao início deste texto, pois, se as denominações protestantes buscam o mesmo Deus que a Igreja Católica, se o princípio de quase todas as religiões é transformar o homem num ser melhor, e numa pessoa justa e caridosa, qual a razão de nos ofendermos a cada instante? Qual a razão de a religião A tentar a cada dia provar uma infundada superioridade sobre a religião B? Meus caros: sugiro que a resposta a esta pergunta seja: falta de caridade! Falta-nos caridade para reconhecer que o outro erra, mas o todo não responde pelo indivíduo, falta-nos caridade para reconhecer, que em todos os lugares há pessoas bem intencionadas, como há pessoas más. Falta-nos caridade para olhar para trás e ver que instituições como a Igreja Católica erraram muito, mas também deram valiosas contribuições para nossa civilização, sem as quais, o mundo moderno, livre e em busca da justiça, não seria tal qual é hoje.
“Enfim, falta-nos caridade, para olhar para o outro e dizer: Você tem outra cor,outra nacionalidade, outra religião, torce para outro time, mas eu te amo como um irmão! E te respeito como um ser humano!”
Grande abraço!
Thales Azevedo
vc só tem 18 anos???
ResponderExcluirTo velha mesmo rsrsrsrrsrs
Brincadeiras a parte, não vi a matéria, mas não é surpresa esse tipo de postura da record. E eu acho, que além de falta de caridade, faltou respeito em exibir um tipo de matéria dessa em pleno domingo de Páscoa.... chegar a ser ofensivo